Desenvolver um ambiente saudável para o trabalhador é um dos principais objetivos da estratégia de “Marca Empregadora”, termo traduzido para o inglês como Employer Branding. Afinal, a atração e retenção de talentos são duas premissas desta estratégia. Mas como propiciar esse ambiente e manter o colaborador motivado durante uma crise, como com os recentes layoffs mundo afora?
Para responder a essas e outras perguntas, traremos alguns insights e tendências em Employer Branding em 2023, fugindo das práticas que caíram em desuso nesta área que cresce a cada dia, mesmo com o trabalho home-office.
O que é Employer Branding?
Popularizado nos anos 90 após uma publicação de um artigo escrito por Simon Barrow e Tim Ambler, referências em consultoria de gestão, o termo Employer Branding é usado para se referir a uma estratégia que alia gestão de marca e gestão de pessoas para que a reputação da empresa perante os colaboradores e novos talentos.
Por meio do desenvolvimento dos profissionais, além da criação de ações voltadas para a valorização do capital humano da empresa, é possível atrair e reter talentos em um mercado de trabalho cada vez mais acirrado.
Exemplificando, se por uma lado, um dos objetivos do setor de comunicação e marketing é criar uma boa percepção da marca entre os clientes, o objetivo principal do Employer Branding é criar essa boa reputação da marca entre os novos talentos que buscam uma oportunidade de emprego, afinal, cerca de 96% dos profissionais pesquisam a reputação do possível empregador antes de aceitarem uma proposta de emprego.
É importante lembrar que há alguns benefícios muito valiosos para a empresa que aplica o Employer Branding na operação. Uma forte marca empregadora pode reduzir custos de recrutamento em até 43%, segundo uma pesquisa liderada pelo LinkedIn. Além disso, é possível atrair candidatos mais qualificados deixando a marca mais atrativa para o público-alvo.
Entretanto, engana-se quem pensa que essa estratégia é aplicada somente no processo de recrutamento e seleção. Quando o profissional é contratado, é aplicada uma segunda fase de Employer Branding para que esse talento cresça junto com a empresa, renda bons frutos para ambas as partes e contribua positivamente com a produtividade.
3 formas de manter o colaborador motivado durante uma crise
Como gestor, é inevitável que em algum momento da sua carreira profissional, você tenha que lidar com alguma crise dentro da empresa, seja passageira ou longa.
A comunicação com seu time em tempos mais críticos pode ser um desafio se não for bem gerenciada e é de suma importância saber como manter o colaborador motivado durante crises para não perder os talentos do seu time.
- Crie conexões verdadeiras com as pessoas da empresa
O sentimento de ser enganado é um dos piores que podemos sentir, inclusive no âmbito profissional. Portanto, a transparência é essencial para que exista confiança na relação entre marca e colaborador. Obviamente, há questões sigilosas, mas é importante reconhecer e validar os sentimentos dos colaboradores para que essa conexão seja verdadeiramente estabelecida e seu time tenha confiança em você.
Além disso, destacar que imprevistos e problemas acontecem é essencial. Nesse momento, o que diferencia uma boa marca empregadora de uma empresa comum é a forma como os gestores conduzem os feedbacks e entendem a melhor forma de lidar com as adversidades, identificando os erros para repará-los com a colaboração do time envolvido.
- Destaque a competência do seu colaborador
Depois de tanto estudo e dedicação nas tarefas, ser reconhecido pela competência e o trabalho exercido é uns dos maiores desejos de qualquer profissional. O papel do gestor é fazer com que o colaborador enxergue o seu potencial e o quanto se dedicou na tarefa proposta.
Não deixe de incluir seu colaborador em projetos e brainstormings para decisões importantes a serem tomadas, afinal, várias cabeças pensam melhor do que uma. Além disso, abra espaço para que ele explique sobre o trabalho realizado e possa pontuar melhorias no processo e colaborar com outros colaboradores. Essa é uma forma de reconhecer o quanto aquele colaborador é ativo e faz diferença no cotidiano da empresa.
- Promova a autonomia para ter colaboradores mais comprometidos
Se você imagina que autonomia é deixar o colaborador fazer o que quiser e realizar entregas quando desejar ao invés do prazo estipulado, convidamos você a repensar esse conceito.
Quando você promove um ambiente corporativo saudável, com confiança no trabalho que seu time realiza e delega tarefas oferecendo suporte quando necessário, o colaborador tende a ter mais confiança nele mesmo e pode entregar ainda mais que o esperado.
Isso porque o colaborador se vê como autor da própria ação sem deixar de lado a responsabilidade pelo alcance de objetivos também em equipe.
Como atrair e reter talentos
Uma das estratégias utilizadas em Employer Branding para atração e retenção de talentos é o plano de carreira. Alinhe as expectativas da empresa pensando que seus candidatos entram no mercado de trabalho idealizando objetivos para o futuro, então não deixe de construir um plano de carreira para cada posição e colaborador.
Outro ponto importante é capacitar os colaboradores, treinando aqueles que possuem potencial e evoluindo aqueles que já possuem conhecimento para que se tornem profissionais de alta performance, contribuindo no dia a dia da empresa.
Como já falamos aqui, escutar os colaboradores (de verdade) faz total diferença na visão que eles constroem da empresa e da liderança. Promover um ambiente de trabalho saudável, com confiança, autonomia e produtividade está alinhado com os propósitos de uma empresa mais humana, que possui talentos comprometidos com os objetivos e projetos.
Como a assessoria de imprensa pode acelerar seu Employer Branding?
A assessoria de imprensa pode colaborar – e muito! – em sua estratégia de Employer Branding pois coloca a marca em evidência nas mídias com temas voltados para o cotidiano empresarial.
Aqui na NoAr, temos experiência em produzir conteúdos que tornem o mercado atraente para o possível candidato e valorizem o colaborador, como pesquisas internas com dados e insights sobre carreira e estudos de caso sobre profissões e áreas de trabalho. Com isso, podemos conhecer melhor o profissional para aplicar estratégias mais assertivas.
Além disso, podemos evidenciar empresas que possuem o selo Great Place To Work, gerar participação na mídia sobre os planos de carreira e vagas para atrair profissionais mais qualificados no processo de recrutamento e seleção, trabalhando assuntos mais técnicos do setor.
Afinal, como o Employer Branding contribui para a empresa?
Segundo o Employer Branding Insights Report 2019, realizado pela empresa de dados e informações Haymarket, cerca de 46% dos profissionais entrevistados afirmaram que seus empregadores não promovem com efetividade sua marca empregadora.
Portanto, ao analisar todos os pontos que falamos aqui, você entende que Employer Branding não é somente oferecer prêmios, recompensas a partir de metas ou brindes. Claro que esses atrativos também fazem parte da estratégia, mas manter o colaborador motivado durante uma crise exige uma atenção maior.
Por possuírem um alto grau de influência, as estratégias de Employer Branding que são aplicadas, principalmente, por profissionais em altos cargos tendem a surtir efeitos mais positivos.
Mais que qualquer pessoa dentro da empresa, os donos, CEO e altos cargos devem ser o maior exemplo de uma marca empregadora, visto que os últimos níveis na hierarquia empresarial. Engajar a liderança também faz parte das estratégias de Employer Branding e não deve fugir do radar dos profissionais que atuam nesta área, principalmente quando o tema envolve ações para manter o colaborador motivado durante uma crise.
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